Direção Da Cruz

A cruz me dá a direção
Mostrando que nem tudo está perdido
Sei que a Tua dor não foi em vão
És bem vindo em minha vida

Eu estava destruída,
Perdida e sem direção
Mas fui salva pelo Teu amor
Que me deste a própria vida

E o que me resta fazer
É viver para Ti
Em santidade, Te obedecer
Minha adoração é pra Você

Não fui criada pra morrer,
Mas desfrutar do que é eterno
Meu medo eu elevo até Você
Então encontro liberdade

A verdade que eu quero crer
É a Tua eternidade
Quando o mundo inteiro perecer
Cumprirei Tua vontade

Gabriela C. Paiva 

Viver ou Morrer?





Quando vejo como estamos nos acabando cada dia mais e mais em nossos vícios do dia a dia,
Logo penso,
Quero morrer.

Mas, quando vejo a felicidade de uma criança
Lembro-me de como eu era antes de mergulhar em vícios,
Logo me animo e rapidamente,
Quero viver...


Entro no mundo virtual, tantas maldades,
Pessoas se acabando, vivendo e entrando em cavernas escuras, Mergulhando de cabeça em areias movediças
Que os levam a ficar cegos e ficarem presos,
Sem forças pra sair de tantos vícios,
Logo penso, quero morrer.

Mas, quando vejo pessoas sendo libertas, levantando a cabeça, Criando novas expectativas, fazendo novos planos,
Sonhando os sonhos não somente deles, mas os sonhos de Deus,
Então....oh....Deus....quero viver....!!!

Não quero precisar chegar ao meu limite para decidir se quero,
Viver ou morrer.

Não quero mergulhar de cabeça em vícios,
Ficar preso sem forças para me levantar, para decidir,
Viver ou morrer.

Não quero precisar ir mais afundo para enxergar que o mundo Virtual pode me levar à morte.

Não quero viver aonde me leva a morte,
Quero viver aonde me traz vida.


Paulo Calebe Sant'Anna

A Mão Invisível

Como uma nuvem densa eram os meus pensamentos, a imaginação voava sem saber aonde ir. Muitos sonhos não me davam a direção certa, apenas faziam com que o vento levasse as minhas motivações de modo que eu nem pude notar.

Certo momento me vi vazia, pois o ar gélido que o vento trouxe congelou no tempo todos os meus anseios. Vi-me sem razão para viver, sonhos eu já não tinha, os desejos me deixaram com o tempo, o amor que outrora me incendiava, congelou em meu frígido coração.

Desesperada não sabia para onde ir, procurei por todos os lugares algo que me impedisse de sucumbir, que me trouxesse à vida e me dissesse que de uma forma ou de outra, eu não poderia deixar de existir.

Algo que eu não via, mas que sentia de maneira intensa, parecia me guiar. Para os economistas, poderia ser a “mão invisível”, para os astrólogos, o “cosmos”, para os budistas, “Buda”, mas para mim...  Bem, eu não sabia ao certo o que era, mas eu sabia que estava me guiando para um lugar onde eu teria um futuro.

Com o tempo conheci pessoas, conquistei amigos, recebi novamente o amor da minha família. Simplesmente confiei naquilo que eu não via, pois aquilo que era invisível aos meus olhos tornava-se cada vez mais visível ao meu coração.
 
Hoje sei que não era guiada apenas por uma mão invisível, mas que fui conduzida em todo tempo por Jesus, e que o que meu coração sentia era o calor do Espírito Santo, e a mão que me segurou em todo tempo, era a mão de Deus.

Agora tenho novamente sonhos, propósitos, anseios, desejos, valores; tenho em dobro tudo aquilo que um dia me foi roubado. O amor que hoje queima em meu coração, é mais forte do que tudo o que eu havia experimentado até hoje, até porque agora eu não experimento o amor, eu vivo desse e por esse amor, e através dele encontro liberdade para amar o meu próximo como a mim mesma.

Entre tanta dúvida, acabei por somente confiar. Quando eu não enxergava o caminho, senti uma mão a me guiar, fiquei calma, nada mais me preocupava, senti uma segurança absurda, eu não caminhava mais com meus próprios passos, passei a ser guiada e conduzida total e inteiramente por Deus.

Atualmente entendo que eu tinha, e continuo tendo, um futuro. Por isso agradeço tanto pela minha vida, creio que em todo o tempo onde tive meu entendimento cegado, fui, e continuo sendo, conduzida e guardada pela mão do Senhor.

Tão somente oro, para que esse calor que hoje incendeia meu coração jamais me deixe, ainda mais, oro para que aumente e que através do amor a minha vida seja posta em movimento, não para o meu bem estar, não para que a minha vontade seja feita, mas para que através do mesmo amor que me alcançou eu possa ganhar outras vidas, gerando novamente nelas  tudo aquilo que um dia lhes foi tirado. E tudo isso faço por amor a Cristo e para que o seu nome seja glorificado e reverenciado através de mim.

Sinceramente, não me importo em morrer para que outros possam viver, mas não matarei a mim mesma dia após dia em vão, somente morrerei diariamente se for para gerar vida, não vacilarei diante da tarefa que me foi dada, correrei com graça a corrida que me foi proposta para que naquele dia me achegue com ousadia ao trono da graça para receber reconhecimento da única pessoa que de fato importa, Jesus Cristo.

“O meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.” 

(Hb 10.38,39)


Gabriela C. Paiva

Essas são as minhas marcas...

Jamais senti que fazia parte do meu grupo de coleguinhas. Nunca me curvei com facilidade debaixo de padrões. Talvez eu goste que seja assim. Um pouco de rebeldia é gostoso.

Às vezes penso que possa haver um tipo bom de rebeldia, uma coragem que traz autenticidade ao viver, mesmo que o preço seja o de não se encaixar. Talvez seja a coragem de sonhar. Não sei ao certo o que é, mas eu gosto disso.

Quando paro pra pensar sobre isso, creio ser uma não-conformista, radical. Em retrospecto, posso ver uma centena de coisas que eu disse e fiz que compreensivelmente afetaria, de modo a preocupar, todos aqueles que me cercam e que, de alguma forma, se importam comigo. Muitas dessas coisas foram imaturas; algumas, pecaminosas; outras, eu faria de novo.
Sinto que liberar a pessoa que eu sou é um negócio perigoso. Talvez eu seja uma sínica rebelde de sorriso maroto no rosto com maior freqüência do que percebo. Mas, nem a rebeldia nem a malandragem me definem. Há outra coisa que é mais central no meu ser. Sou um reflexo feminino do caráter de Deus.

Eu fui projetada para viver e mover-me dentro – e através – do meu mundo com riso e esperança. Sou chamada a me preocupar menos com a conformidade do que com integridade, menos a me integrar e mais com as visões de uma sonhadora. A leveza do riso da esperança e a coragem de permanecer sozinha, enquanto sonhos são buscados; são as minhas marcas.

Fazer palhaçada é o riso barateado. Os palhaços fazem caretas. Os homens riem. A rebeldia é a integridade corrompida. Os rebeldes destroem. Os homens dão vida. Não quero ser nem palhaço nem rebelde, mas não quero evitar esses dois erros com tanto rigor que perca as boas qualidades que eles disfarçam. Não quero ser uma conformista previsível, presa a algo que requer menos de mim do que sou chamada a dar. Não quero uma vida de fantasias que eu possa usufruir sem sair do sofá. Quero sonhos que façam com que eu em mova diante de desvantagens impossíveis.

Quero ter a esperança, quando a vida for intolerável e quebrar o que a torna intolerável. Talvez o sorriso exibicionista da malandra rebelde amadureça um dia para tornar-se o riso de uma romântica e a coragem de uma sonhadora.

Gabriela C. Paiva